Marcelo Camargo/Agencia Brasil |
O valor foi doado em março pelo frigorífico Marfrig, um dos maiores do país, ao Ministério da Saúde para a compra de 100 mil testes rápidos do novo coronavírus.
Na ocasião, o Brasil já registrava os primeiros casos de covid-19 e não tinha esse material para seguir a orientação da OMS (Organização das Nações Unidas) de testar em massa a população.
No entanto, os R$ 7,5 milhões não foram aplicados para essa finalidade específica e foram desviados para o Arrecadação Solidária, vinculado ao Pátria Voluntária administrado por Michelle Bolsonaro.
A reportagem revela ainda que mesmo programa liderado pela primeira-dama repassou, sem edital, dinheiro público a instituições evangélicas ligadas à ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).
À época, a Marfrig foi orientada pela Casa Civil a depositar a doação de 7,5 milhões de reais numa conta da Fundação do Banco do Brasil, gestora dos recursos do Pátria Voluntária.
Em maio, a empresa foi consultada pelo governo Bolsonaro sobre a possibilidade de destinar a verba doada para outras ações de combate aos efeitos socioeconômicos da pandemia.
Questionada pela Folha sobre o desvio dos R$ 7,5 milhões destinados à compra de testes, a Casa Civil não respondeu.
Fonte: Catraca Livre
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