Bombeiros encontram caminhonete soterrada pela lama em Brumadinho

Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros de Minas Gerais

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais localizou nesta terça-feira (1º) à noite uma caminhonete que era procurada desde o rompimento da barragem B1, da Vale, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), em janeiro de 2019.

Segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz dos bombeiros, a caminhonete é a que aparece em imagens na crista da barragem no momento do rompimento. "Ela aparece nas famosas e impressionantes imagens que tomaram todo o mundo", ele disse.
A localização ocorreu após um planejamento, com técnicas de inteligência, realizado no período em que as buscas pelas vítimas precisaram ser interrompidas por causa da pandemia do novo coronavírus.

O trabalho dos bombeiros foi interrompido no dia 21 de março e retomado no dia 27 de agosto. O rompimento da barragem causou a morte de 270 pessoas e onze continuam desaparecidas. "Os serviços de inteligência e busca não pararam e o resultado disso é que hoje conseguimos localizar essa picape", disse Aihara na noite de terça.

A localização pode facilitar o encontro de uma das vítimas ainda desaparecidas. A informação é que essa pessoa, cujo nome não foi divulgado, estava próxima à caminhonete na hora do rompimento. Vinte bombeiros trabalham no ponto de busca em que a caminhonete foi localizada, sem parar inclusive durante a madrugada. A expectativa dos militares é encerrar as buscas somente após o resgate de todas as vítimas, ou até que o material recolhido não seja mais passível de identificação por DNA -o que acontecer primeiro.

Os militares também cogitam encerrar a operação se, por um longo período, os fragmentos recolhidos diariamente corresponderem a identificações já realizadas. Os bombeiros, ao localizarem vítimas, são os responsáveis por marcar o local exato, fotografar o material, descrever sua aparência, ensacá-lo, etiquetá-lo e transportá-lo.

As últimas identificações de pessoas foram feitas no dia 28 de dezembro de 2019. O planejamento da nova fase de buscas leva em conta o período de estiagem na região, que deve durar três meses, e contou com obras de infraestrutura para drenar o terreno, cortado por cursos d'água.

Fonte: Folhapress

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